MARRETA/PE presente na marcha dos 200 mil em Brasília. Fora Temer!!!!!
- Dulcilene Carneiro de Morais
- 31 de mai. de 2017
- 2 min de leitura
Atualizado: 13 de ago.
Nosso sindicato esteve presente com os demais companheiros e companheiras, que lutam, contra o autoritarismo e violência do governo ilegítimo e toda a sua corja de bandidos fantasiados de deputados e senadores.
A classe operária continuará enfrentando os algozes do nosso povo de cabeça erguida!
Não adiantam as bombas e cassetetes das forças armadas, pois o povo triunfará!
FORA TEMER, FORA RAUL JUNMGMANN, FORA GOLPISTAS! DIRETAS JÁ!
A SEGUIR, TEXTO DE TIAGO BARBOSA.
O Brasil que sangra
por Tiago Barbosa O Brasil sangra. Sob balas e bombas, cassetetes e truculência, a face mais explícita da violência empregada por um governo ilegítimo e corrupto para reviver os dias de ditadura de um passado já difícil de esquecer.
O Brasil sangra sob a brutalidade de uma força de segurança inepta para proteger o cidadão, habilitada tão somente com o poder de reprimir direitos, quebrar cabeças, boicotar os sonhos por uma realidade mais justa e igual.
O Brasil sangra na alma quando chora por vidraças, prédios e concreto em detrimento de corpos, ideais e vidas, quando pessoas são destituídas da condição humana enquanto o lamento por objetos subsidia o discurso repressor.
O Brasil sangra silenciosamente no aval à barbárie consentido por quem tem nojo dos anseios do povo e lhe subtrai votos, benefícios sociais, trabalhistas, previdenciários, cidadania e até o direito de se insurgir contra o peso da opressão.
O Brasil sangra todos os dias no estupro interminável à constituição praticado por conchavos políticos e propinas empresariais, por conduções coercitivas, prisões infinitas, vazamentos seletivos, grampos a jornalistas, benevolência a delatores e assassinatos de reputação.
O Brasil desfalece de forma crônica nesse higienismo de estado em desfavor dos dependentes químicos, na destruição de barracos, colchões e vidas já tão desgraçadas pelas drogas, na prioridade ao trator sobre a saúde, na erradicação de cracolândias para beneficiar especuladores imobiliários.
O Brasil agoniza a céu aberto no extermínio contínuo de uma violência urbana comparada a guerras e fundamentalismos, no destino fúnebre de seres invisíveis transformados em números na cova da indiferença social.
O Brasil sofre golpes todos os dias na recorrência da homofobia, na permanência do racismo, no preconceito de gênero, sexo, origem social, na infindável desigualdade alimentada por uma elite mesquinha e desumana, expoente de uma colonização mordaz contra indígenas, negros e pobres.
E quando brasileiros se atrevem a levantar a cabeça e estancar o sangramento são maltratados por balas, bombas, cassetetes, represália midiática e a sombra militar de uma tirania ressuscitada.
O Brasil sangra desde sempre.
Mas essa hemorragia precisa parar.
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